Homeschool: Uma inesperada e linda surpresa!
- Rena Anderson
- 16 de ago. de 2023
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de jul. de 2024

Foi um ano muito difícil. Eu e muitas outras mães já estávamos cansadas de fazer tantos testes de covid, Flu, Strep e RSV a cada espirro que os nossos filhos davam. Na verdade, todos os sintomas poderiam caracterizar apenas um simples resfriado, mas o medo era tão latente, que preferíamos fazer todos os testes, ao sermos pegos de surpresa com algo mais sério.
Não era nada divertido ver as crianças indo para a escola para passar o dia inteiro usando uma máscara que não as deixava ver os rostinhos dos seus amigos. A escola também exigia diferentes tipos de quarentena, de acordo com os sintomas da criança. Virginia é um estado em que o frio é dominante na maior parte do ano. Fica difícil levar as crianças para o parque ou atividades ao ar livre quando está muito frio.
Ouvia-se o rumor de alguns acontecimentos assustadores nas escolas públicas. Diziam que os pais não deviam se envolver na educação dos seus filhos. Como assim? Os pais não devem se envolver na educação de seus próprios filhos? Esses, e outros movimentos intrigantes aconteciam nas escolas, nos parques, nas libraries, e em outros ambientes onde as crianças eram o alvo.
Eu nunca havia pensado na possibilidade do homeschool. Lembro que tive uma vizinha que fazia homeschool com o filho, e o meu marido, que é Americano, achava homeschool algo super estranho. Eu comecei a pensar nessa possibilidade. Fui pesquisar, e acabei assistindo inúmeros vídeos de mães Americanas que faziam homeschool há anos. Nesses vídeos, elas apresentavam suas razões, e demonstravam o amor pelo homeschool. Cada vídeo que eu assistia e cada blog que eu lia, me aproximavam mais desse processo.
Finalmente, e para a minha surpresa, eu estava decidida. Vou fazer homeschool! Anotei minhas razões, meus porquês, e meus objetivos. Pesquisei sobre curriculum, leis estaduais, como fazer avaliações, como dedicar um ambiente da casa ao homeschool, e dois meses depois comecei uma incrível jornada de aprendizado, para mim, e para as crianças.
Felizmente, logo descobri que o homeschool deve ser um processo divertido, leve, colaborativo e respeitoso. Uma criança não pode ser boa em tudo, assim como adultos também não são. Isso tinha haver com um dos meus principais objetivos dentro do homeschool: Descobrir, desenvolver e nutrir as aptidões e talentos naturais das meninas. Naquele primeiro ano, usei o curriculum mais avançado que conheço, e ainda tivemos tempo de tirar vários dias off, irmos em field trips, viajar, ter playdates, fazer ballet, natação, aula de violão, e adaptarmos o nosso schedule quando necessário.
O tempo estava do nosso lado. Não pegávamos fila para a próxima aula, nem para usar o banheiro, não tínhamos um tempo curto para os snacks, e o almoço era saudável e quentinho. Plus, nós tomávamos o café da manhã juntos, sem pressa, sem levar o pão pra comer no carro, e sem gritaria por estarmos alguns minutos atrasados.
Muitas pessoas questionam sobre a eficácia do homeschool. As estatísticas mostram um resultado impressionante. Aqui, eu vou apresentar apenas alguns desses resultados:
De acordo com estatísticas recentes, de 2019 a 2021, a taxa de crianças no homeschool aumentou de 2% a 8% nos EUA;
Essa porcentagem tem crescido de 2% a 9% a cada ano;
Em 2022, 4.3 milhões de crianças estavam em homeschool;
Os alunos que estão em homeschool superam aqueles que frequentam escolas tradicionais no que se refere ao desenvolvimento social, emocional, e psicológico, de acordo com 87% das pesquisas dos participantes;
Jovens que foram educados no homeschool tem uma performance acadêmica surpreendente quando atingem o grau universitário.
Se você tem vontade de adotar o homeschool como estilo de vida para a sua família, mas não sabe como começar, eu posso te ajudar. Nessa jornada, tenho ensinado, mas tenho ainda mais aprendido. Homeschool é dedicação, respeito, reciprocidade, e sim, muito amor.